quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Domingo 25/01/09 Tutóia-Passeio ao Delta do Parnaíba
Choveu a noite toda e logo pela manhã o tempo não colaborou, essa parece ser a tônica da região nessa época (o período de chuvas vai de janeiro a maio, um risco do turista é ter alguns dias da sua viagem com chuva constante, o que atrapalha a programação). Como num passe de mágica para alguém que não está acostumado com o clima equatorial que muda constantemente, o tempo abriu e telefonamos para o barqueiro que se deslocou do porto de Tutoia até a praia da Pousada pra realizarmos o passeio com o casal do Rio. Dessa vez o próprio Josias, dono dos barcos de passeio, se encarregou de ser nosso guia (Josias Brandão: passeio de barco ao Delta do Parnaíba por R$ 250,00 para 06 pessoas, 98-3479-7007 ou 98-9601-5540), sempre com imensa preocupação de nos satisfazer. Seguimos pela Baía de Tutóia, a maior do delta, até o banco de areia na foz do Rio Parnaíba onde paramos para uma breve caminhada. Josias explicou a dinâmica das marés da região, a distribuição das ilhas, a dificuldade de navegação, enfim um cara PhD no assunto que aprendeu tudo com seu pai que por mais de 80 viveu no delta. Embarcamos novamente na boca do delta e seguimos por entre os canais passando ao lado de imensos mangues vermelho (com raízes em profusão com orifícios chamados lenticelas por onde as plantas respiram), negro ou siriba (com raízes que crescem para fora em busca de ar), sempre margeando a costa de ilhas como Siriba, Três Bocas, Melancieiras. Após algum tempo, adentramos na Baía da Melancieira dando de cara com as dunas da singular Ilha do Caju, paramos e nos banhamos em um banco de areia no meio da baía antes de seguir para as dunas da Ilha do Caju. Aqui, valeram as garrafas de Skol gelada que o Brian fez questão de trazer no isopor do barco. Do alto das dunas, dá pra entender porque a Ilha do Caju é dos mais desejados paraísos ecológicos do Brasil, de um lado temos a praia de rio e no outro uma linda praia oceânica, onde podemos ver a linha que divide as águas do rio e do mar. Porém, a Ilha do Caju é um local particular dentro da APA do delta, o que limita o tempo e a exploração em terra firme. Seguimos por entre os canais suntuosos de volta a Ilha do Cajueiro onde almoçamos. Seguimos para a Ilha Grande do Paulino onde existem famílias isoladas e o dormitório dos Guarás, impressionantemente vermelhos devido à alimentação baseada em caranguejos, assistimos a chegada dos pássaros. Seguimos para um passeio inusitado especialmente programado pelo Josias, sendo possível somente na maré alta. O Barco do Josias é do tipo biana, uma embarcação pequena e típica do litoral maranhense que lembra uma chalana com grande calado, de repente o barquinho entrou na floresta de mangue negro em velocidade lenta, em alguns pontos tínhamos que deitar na cobertura do barquinho para desviar dos galhos, no fim passamos por um navio da segunda guerra mundial que foi sepultado em um dos canais e adentramos na Baía de Tutóia de volta a pousada, sendo entregues de forma personalizada na porta de casa. Recomendamos o passeio! Seguimos de táxi da pousada até a rodoviária para pegar o ônibus da Transbrasiliana que saiu pontualmente às 19:30, parecia ser um bom sinal!
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