quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Quinta-feira 22/01/09 – Atins-Canto do Atins




A pousada do Buna onde nos hospedamos tem visual com bom astral, decoração rústica baseada nas criações do próprio Buna que trabalha os troncos de madeira para a produção de mesas e cadeiras, o Buna por si já é uma atração, uma figura! A Mônica (mulher do Buna) adora contar os causos do marido. A pousada oferece traslados de Toyota e cavalo para as atrações da região, mas como o preço não estava no nosso orçamento (diária da Toyota por R$ 150,00) tratamos de fazer nossa caminhada por conta própia, pois tínhamos como meta conhecer o Canto do Atins e as Lagoas Salgadas. Aprendemos que as melhores informações são passadas pelos nativos da região, qualquer turista com preparo físico mediano cumpre os passeios sem necessidade de agenciamento de transporte pelas pousadas. Caminhamos por duas horas de Atins até Canto do Atins, não tem muito segredo: o caminho seguiu sempre cortando os povoados de Santo Inácio, Ponta do Mangue. Passa também por uma outra opção de hospedagem a Pousada ZionHill de propiedade de argentinos, um local alternativo vizinho ao peculiar salão de leitura pública de Atins (para chegar aqui com bagagens é melhor optar pelo Toyota de linha que sai de Barreirinhas, ele te deixa nos povoados acima de Atins). Quando acabaram as casas seguimos por uma trilha em uma vereda entre as dunas e as lagoas salgadas na foz do Rio Preguiças, um belo visual que acompanha o limite leste das dunas dos Grandes Lençóis e bastante calor na cabeça. Após um temporal no meio do caminho que veio numa boa hora chegamos ao Canto do Atins, lá existem dois restaurantes para matar a sede e a fome dos turistas: Canto dos Lençóis Maranhenses & Da Luzia. Optamos pelo Canto dos Lençóis Maranhenses (98-88813138 Antônio ou Magnólia), restaurante menos comentado do que o turístico Restaurante da Luzia, mas como de praxe especializado em camarões, pedimos o famoso camarão grelhado servido com arroz e feijão de vagem. O camarão é gigante e vem cortado longitudinalmente sendo servido com um molho excepcional que deve ser o segredo da receita. Vale a caminhada até o Canto do Atins, a sensação de isolamento e a beleza do lugar é imensa! Paramos para conversar com o dono o Sr. Antônio que também oferece hospedagem rústica e oferece o local como ponto de partida para os oásis da Baixa Grande (~ 5 horas de caminhada) e da Queimada dos Britos (~ 9 horas de caminhada). Na volta, seguimos sugestão do Sr Antônio e seguimos pela praia margeando a Lagoa Salgada que na verdade é uma enseada de água rasa e morna aprisionada na foz do Rio Preguiças. Caminhamos pela praia até a vila de Atins, um percurso mais curto que depende da maré baixa. Como tínhamos combinado com o pessoal do restaurante da vila, completamos nossa volta “gastronômica” jantando o guisado de caranguejo encomendado no dia anterior, muito bom!! Por fim, faltou luz no povoado, o dono improvisou umas velas, mas rústico impossível! Acabamos parando em um boteco da vila onde comprei cartão telefônico e conversamos e bebemos com os nativos do local e mais outros hóspedes da pousada (casal de Curitiba). Depois pra guiar nossa volta pra pousada só mesmo a sombra da areia por onde passam as Toyotas e o barulho do gerador da pousada funcionando ao fundo. Tomamos algumas cervejas na pousada, ouvindo as convicções e as histórias contadas pelo Buna e pela sua esposa Mônica também sobre o Buna. Porém, tomamos menos cervejas do que a gente gostaria, pois o próprio Buna contribuiu para que o estoque de cervas terminasse mais cedo!

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